Gritei ao mar …
Em tom de súplica,
Em noite escura,
Pedi brandura
Num mar de Outono
De azul verdura.
Deu-me o seu sal,
Aguas nubladas,
Olhos salgados,
Ondas enormes,
Braços cansados.
Gritei de novo…
- Ó mar poderoso…
Dá-me um só barco
Que me leve ao lar
Da alma esquecida
Pelo verbo Amar.
E o mar respondeu-me:
- A alma em si mesma
Terá de navegar,
para se encontrar!
Ana Cláudia Albergaria
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