quinta-feira, 27 de julho de 2006

Selva laranja

"Selva laranja"
óleo sobre tela / 2005
ana claudia albergaria
Selva laranja... selva de verão... selva da manhã em que o acordar foi de sol... selva de silvas... selva de frutos... selva de sons ... selva de gritos... folhas vivas que fazem sombra ... e ao mesmo tempo aquecem e florescem no meu renascer.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Fios de Esperança

" Fios de Esperança "
Acrílico sobre tela / 2006.
ana claudia albergaria

Os fios de esperança são fios finos... que se fortalecem nos momentos de amor... de amizade... de sorrisos... apesar de fragéis nunca se quebram... tal como a teia fina protege a sua construtora (sem romper) também a esperança suporta o peso de toda uma existência desde que essa existência tenha guardado na sua consciência o segredo de saber esperar!


terça-feira, 4 de julho de 2006

A minha avó...













A minha avó…
Era minha no verdadeiro sentido da palavra:
Era minha porque velava o meu sono;
Iluminava o meu quarto para afugentar os meus medos de criança,
Penteava o meu cabelo com a serenidade de quem nunca se cansa.
Antes de dormir…era o meu nome o primeiro a surgir nas suas orações.
Eu via-me nos olhos dela mesmo que não olhasse para eles.
Eu sentia-me a princesa mais bela e mais amada,
Mesmo que num Castelo sem torres nem riquezas.
No seu colo eu era sempre a bela adormecida
Que mais não esperava que os seus beijos,
E ela a minha avó querida
Que por mim esquecia os seus próprios desejos.
Que estendia os seus braços para mim
Sempre que chegava a casa, ao fim do dia,
Que me deixava pular na cama 10,15, 20 vezes seguidas…
Sem se preocupar se eu ia estragar o colchão,
Ou se a colcha ficava suja,
Ou se o estrado da cama ia acabar partido no chão…
Ela foi a minha grande mestra…
Com ela aprendi muita coisa…
Aprendi antes de mais… que amar é proteger…é cuidar…

é defender…é acarinhar…é tolerar …
é dar…dar…dar…dar…dar…

Não sei se sentiste algum dia o quanto gosto de ti…avó!