segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A peça da vida



Nunca vivi tanto no futuro como hoje…
Perdi o passado como quem deixa cair ovos no chão…
Irremediavelmente perdido!
Perdi a minha história…
a peça de teatro que é a vida… as luzes apagaram-se!
Os personagens principais partiram! (alguns ainda me esperam… algures)
Não conclui o meu papel… fui má actriz!
Porque não quis ficar sozinha em cima do palco…
Não gosto de monólogos!
Nunca saberei o que fui e o que poderia ter sido…
Se o pano do palco não se fechasse tão cedo!
Se eles não tivessem partido…
Nunca vivi tanto no futuro como hoje…
Esqueço-me de agarrar o presente
Porque o futuro é uma peça por escrever… infinito!

E como o futuro “não é”
e o passado “já foi”

Sou apenas o tempo que serei,
nas memórias da solidão em que vou!

ana claudia albergaria

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Saudade! Papa, can you hear me?

Oh God-our heavenly Father.
Oh, God-and my father
Who is also in heaven.
May the light of this Flickering candle
Illuminate the night the way
Your spirit illuminates my soul.
Papa, can you hear me?
Papa, can you see me?
Papa can you find me in the night?
Papa are you near me?
Papa, can you hear me?
Papa, can you help me not be frightened?
Looking at the skies
I seem to see
A million eyes which ones are yours?
Where are you now that yesterday
Has waved goodbye
And closed its doors?
The night is so much darker;
The wind is so much colder;
The world I see is so much bigger
Now that I'm alone.
Papa, please forgive me.
Try to understand me;
Papa, don't you know I had no choice?
Can you hear me praying,
Anything I'm saying
Even though the night is filled with voices?
I remember everything you taught me
Every book 1've ever read...
Can all the words in all the books
Help me to face what lies ahead?
The trees are so much taller
And I feel so much smaller;
The moon is twice as lonely
And the stars are half as bright...
Papa, how I love you...Papa,
how I need you.Papa, how
I miss you Kissing me good night...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Parece que merecemos esta sina...
Marques Mendes - Novo Pensionista ! Aos 50 anos de idade e com 20 anos de descontos como Deputado,Marques Mendes acaba de requerer a Pensão a que tem direito, no valor mensal vitalício de 2.905 euros mensais. Contudo, um trabalhador normal tem de trabalhar até aos 65 anos e ter uma carreira contributiva completa durante 40 anos para obter uma reforma de 80% da remuneração média da sua carreira contributiva.

De facto , como dizia Guerra Junqueiro em 1886 ... somos...

' Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,
sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...'

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Quimera


"Quimera"

É tempo de abrandar o passo …
porque aqui as Quimeras deixaram de ser Sonhos
e passaram a ser o que sentimos quando olhamos,
com olhos de ver, a Arte Maior…
a que nasceu do enamoramento das cores
com os cheiros verdes,
e se deixou embalar pelo
som das águas
das lagoas serenas…
ecos de vida!
É tempo de ouvir o silêncio que vem de nós,
quando nos permitimos apaixonar
pelo detalhe supremo,
que faz a diferença;
no caminho onde o tempo se rende
e onde a natureza nos murmura,
incessantemente,
a vontade de continuar a viver!

Ana Cláudia Albergaria

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Cai na asneira...




Com que então caiu na asneira


De fazer na Sexta-feiraAnos!


Que tolo!Ainda se os desfizesse ...


Mas fazê-los não parece


De quem tem muito miolo.


Não sei quem foi que me disse


Que fez a mesma tolice


Aqui o ano passado...


No que vem, agora, aposto,


Como lhe tomou o gosto,


Que faz o mesmo? Coitado!


Não faça tal: porque os anos


Que nos trazem? Desenganos


Que fazem a gente velho:


Faça outra coisa;


que em suma


Não fazer coisa nenhuma,


Também não aconselho.


Mas anos não caia nessa.


Olhe que a gente começa


Às vezes por brincadeira,


Mas depois, se se habitua,


Já não tem vontade sua,


E fá-los queira ou não queira!



sexta-feira, 28 de março de 2008

Balada da Estrada do Sol


Andre Sardet - Balada da Estrada do Sol


Sigo a estrada que me vai levar ao sol
Há sete dias que caminho sem parar
Sou uma criança com licença para sonhar
Leio histórias em sorrisos de embalar
E vou pedir ao deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também e meu
Quero o raio que só ele me prometeu
Nesta estrada o cansaço não existe
O fim esta longe mas o corpo não desiste
Levo nos braços a guitarra para tocar
Tenho por coro a velha estrela polar
E vou pedir ao deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também e meu
Quero o raio que só ele me prometeu
E vou pedir ao deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também e meu
Quero o raio que só ele me prometeu

quinta-feira, 20 de março de 2008

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Os olhos da alma




A força que vem do teu olhar… dá-me esperança no futuro!
Porque vejo neles uma alma única cheia de força…
que transforma o “nosso” pequeno mundo,
num mundo melhor!



Amo-te!



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A PALHACINHA MAIS LINDA DO MUNDO

CARNAVAL 2008
HOJE EU NÃO QUERO CHORAR... HOJE EU NÃO QUERO SOFRER... DEIXEI A TRISTEZA LÁ FORA... MANDEI A SAUDADE ESPERAR... LÁ LÁ LÁ...

sábado, 12 de janeiro de 2008

Quando vou?


Quando vou?
Que de mim já parti
há tanto tempo?
Que procuro
nesta busca lenta
quase petrificada,
pela inércia de não
ser capaz de
mover a vontade?
Quero eu
ser capaz…
ser só eu…
eu…
a verdade…
uma tela branca
que pintarei
com as cores
de uma vida
renascida,
reinventada,
redesenhada
a cada despedida
de mim…
para mim…
por mim…irei!
Não mais ficarei
Parada …
Sentada
num banco
desgastado
pelo tempo,
coberto
pelas folhas secas
que caem
no meu jardim…
de mim!

ana claudia albergaria

O meu tempo



O meu tempo não é o seu tempo.
O meu tempo é só meu.

O seu tempo é seu e de qualquer pessoa,
até eu.

O seu tempo é o tempo que voa.
O meu tempo só vai onde eu vou.

O seu tempo está fora, regendo.
O meu dentro, sem lua e sem sol.

O seu tempo comanda os eventos.
O seu tempo é o tempo, o meu sou.

O seu tempo é só um para todos,
o meu tempo é mais um entre muitos.

O seu tempo se mede em minutos,
o meu muda e se perde entre os outros.

O meu tempo faz parte de mim,
não do que eu sigo.

O meu tempo acabará comigo
no meu fim.


Arnaldo Antunes