sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Tantas Vozes
























Tantas vozes,
Meu Deus...
Diz-me a quem ouvir
Neste poço de ecos,
Encerrado em mim.
Nele mergulho
Na turbulência
De incertezas;
Regresso ao meu início,
Em busca do meu fim.
Vozes gritam...
Num vácuo imenso.
Acordam memórias,
Desafogam momentos ,
Arruínam sonhos
Com pressentimentos.
Sabem elas para onde quero ir?
Não!
Que se calem as vozes!
Que anoitece já na minha alma.
Quero dormir!
Só tu sabes
A voz de que Anjo
Me irá acordar
Para comigo Partir!


ana claudia albergaria

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

No teu olhar













Lavei minhas mãos
nas minhas lágrimas
nas águas de um rio
grande e frio
onde as magoas
desceram cachoeiras
num turbilhão
de ais e de suspiros
Agora enxugo as mãos
No meu alívio
Esqueço os meus olhos
nas margens desse rio
E deixo-me levar
pelas águas límpidas
e serenas
do teu olhar.


ana claudia albergaria