terça-feira, 5 de maio de 2009

No meu peito



Meu filho…
O poema que tenho para ti
Não cabe nas folhas amorfas
De um qualquer caderno.
Trago-o no meu peito…
Como uma prenda surpresa
Que te quero oferecer
Todos os dias da nossa vida.
Quero que o leias nos meus olhos,
Que o sintas nas minhas mãos,
Que o escutes nas minhas palavras.
Quero que ele fique em ti
E não numa folha de papel,
Adulterado por palavras vãs
Tantas vezes incrédulas,
Tantas vezes ridículas
Pela teimosia de quererem rimar.
Na infância da infância que ainda és
Quero deixar a marca do que sou
Do que sou de bom…
do que sou de amor,
Num poema não escrito,
Mas vivido.
Num poema de Amor,
Por nós os dois
Nunca esquecido.

ana claudia albergaria