quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Feitiço

Como uma canção de amor se pode tornar uma bela canção de embalar... era esta canção que eu cantava para o Gonçalo adormecer... e ainda hoje não sei se foi feitiço ou o que é que me deu...para gostar tanto assim de alguém...

Feitiço
by N/A


Eu gostava de olhar para ti

E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite, me guia de dia e seduz...
Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar...
Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu gostava que olhasses
para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo, um olhar em segredo,
só para eu te abraçar...
Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
O primeiro impulso é sempre mais justo,
é mais verdadeiro...
E o primeiro susto dá voltas e voltas
na volta redonda de um beijo profundo...
Eu...
Eu não sei o que me aconteceu...
foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu...
Não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Como tu...


Andre Sardet

terça-feira, 17 de outubro de 2006

DIA INTERNACIONAL PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Fala do Velho do Restelo ao astronauta


Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
Ou talvez da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti nem eu sei que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal soletramos, de olhos tensos,
Maravilhas de espaço e de vertigem:
Salgados oceanos que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
(E as bombas de napalme são brinquedos),
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome.

Letra: José Saramago.
Musica: Manuel Freire

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Rosto de Mulher

Rosto de Mulher
Pastel / 2004.
Ana Cláudia Albergaria

(Inten)cidade


(Inten)cidade / 2006.
Acrílico sobre tela: 120x80 cm
Ana Claudia Albergaria