domingo, 18 de novembro de 2012

IMORTALIDADE


Imortalidade




Corpo finito tecido a carne mortal,

Frágil ser que não é sem mim!

Limite onde me sinto contornos.

Pedra em movimento

...Polida pelo tempo

Que vai sendo pó,

Pó , apenas pó…

E eu toda eu,

Luz e escuridão

Paz e guerra

Ceu e chão

Coragem e medo

Saúde e dor

Amor… desamor

Abraço e solidão.

E eu neste corpo na estrada,

Conduzido por mim,

Rumo ao nada!

E eu toda eu

Amanhã infinito

Eterna caminhada!



Ana Homem Albergaria


2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Magnífico poema, gostei muito.
Ana, querida amiga, desejo que tenhas um Natal muito Feliz, extensivo aos que te são mais queridos.
Beijo.

Filipe Campos Melo disse...

frágil corpo tecido na seda
contorno-limite do movimento
polido...no pó


Um profundo e tocante poema
com uma fulgurante cadencia
que roga uma boa declamação

Gostei muito do espaço e dos versos

Bjo.