quinta-feira, 16 de setembro de 2010

No teu olhar













Lavei minhas mãos
nas minhas lágrimas
nas águas de um rio
grande e frio
onde as magoas
desceram cachoeiras
num turbilhão
de ais e de suspiros
Agora enxugo as mãos
No meu alívio
Esqueço os meus olhos
nas margens desse rio
E deixo-me levar
pelas águas límpidas
e serenas
do teu olhar.


ana claudia albergaria

2 comentários:

De Amor e de Terra disse...

Há sempre nos olhos de alguém, infindáveis águas por onde corre a nossa sede!

Bjs.
M.M.

Nilson Barcelli disse...

E vale a pena deixarmo-nos levar por águas límpidas e serenas...
Excelente poema. Gostei imenso, Claudia.
Um beijo.