sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Tantas Vozes
























Tantas vozes,
Meu Deus...
Diz-me a quem ouvir
Neste poço de ecos,
Encerrado em mim.
Nele mergulho
Na turbulência
De incertezas;
Regresso ao meu início,
Em busca do meu fim.
Vozes gritam...
Num vácuo imenso.
Acordam memórias,
Desafogam momentos ,
Arruínam sonhos
Com pressentimentos.
Sabem elas para onde quero ir?
Não!
Que se calem as vozes!
Que anoitece já na minha alma.
Quero dormir!
Só tu sabes
A voz de que Anjo
Me irá acordar
Para comigo Partir!


ana claudia albergaria

10 comentários:

M(im) disse...

Bonito... que bonito...

pin gente disse...

tantas vezes
são ecos
são gritos
e as saudades ocupam o lugar do presente
sentam-se
e instalam-se
tão vagarosamente como o cair da noite no mais longo dia do ano
tão profundamente como o mais fundo precipício marítimo
tão silenciosamente que nos ensurdecem.


um beijo
luísa

MASA disse...

A minha voz jámais se calará... Gritarei bem alto todos os teus maravilhosos poemas,olharei enternamente as tuas lindas telas, apreciarei até ao fim da vida, o belo ser que tu és Cláudia!!!
Beijo
Leinad

De Amor e de Terra disse...

Como não enlouquecer se tantas são as vozes...é verdadeiramente necessário um Anjo, daqueles de verdade, a vigiar nossos sonhos, nossos passos, nosso caminho, sempre, sempre, até ao lado de lá.
Gostei muito, do explícito e principalmente do implícito.
Beijos minha menina
Maria Mamede

Nilson Barcelli disse...

Temos que saber gerir as vozes que ouvimos, porque elas são sempre muitas e de diferentes matizes.
Belíssimo poema. Adorei.
Beijos, Ana Cláudia.

O Profeta disse...

És fantástica...diferente...sente-se...


Doce beijo

A.S. disse...

Ana Cláudia...

Um pássaro azul
abrirá as portas
do infinito!


Beijos
AL

Ricardo Silva Reis disse...

Olá Ana Cláudia.
Muito obrigado pela amabilidade da tua visita.
Estou a regressar (lentamente...). Vou ficar por aqui a ler-te e depois comento.
Beijinhos
Ricardo

vieira calado disse...

Tantas vozes

e tantas máscaras

tem o teatro!

Beijoca

Martins Pescador disse...

Lindo! O poema representa a inquietude da alma em um universo de ideias e influências em que precisamos discernir e escolher.