quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Medo







Hoje nenhum sol me iluminou,
E nenhum calor foi capaz de me aquecer;
E o verde dos jardins não me animou
E não vi nenhum rosto de criança,
Não senti sorrir nenhuma infância.
Hoje vivi com o peito apertado,
Contra o silencio deste dia sem inicio,
Contra o cinzento de um céu inacabado,
Como quando uma tempestade se aproxima.
Sufoquei-me na ausência do teu ser.
Escondi-me no medo,
Perdi-me no medo,
Morri no medo,
De te perder.

3 comentários:

Pedro Branco disse...

Na lâmina de um punhal
Na chaga de um caminho
Sirvo-me do medo de mansinho
Para que nunca me faça mal
Rego-o como uma flor prudente
Pinto-o como um rio que corre
E nesse agasalho é que se sente
O vento que em mim nunca morre
Porque o tempo faz-se tela
Semeando a cada silêncio um sorriso
E tudo torna mais que bela
Esta voz que me faço e preciso
Servidão de tanto odor e perfume
Entre o grito e o desejo
E visto-me perfeito e sem queixume
Para desfilar no teu peito como um beijo...

De Amor e de Terra disse...

Olá Ana Cláudia, bom dia.
Toda a nossa vida é feita de medos e de ideias para o podermos vencer; nisso resiste a nossa "heroicidade".
E é bem verdade, que muita vez temos um medo inexplicável de perda, que nos torna o dia sem cor...
Bjs.
Maria Mamede

De Amor e de Terra disse...

Olá outra vez; venho pedir desculpas,pois no meu comentário anterior, onde se lê "resiste" deve ler-se
"reside".
Bj.

M.M.