terça-feira, 18 de maio de 2010









Tenho um círio aceso
No meu peito.
Não sei quem o acendeu
Em mim.
Mas treme muito a sua chama
Como se um vento sereno
A fizesse estremecer…
Qual lamento de amor
Ou de saudade…
A cera quente
Desliza por ele
Constantemente,
E Cada gota,
Cada mágoa
Que cai no meu ventre,
E se funde assim
No vazio
Do meu espaço frio
E dilui-se
No meu sangue,
Agora quente.
E o círio vai chorando
Até ao fim,
Até ao fim dos tempos…
Nos quais alguém
Se irá lembrar,
Ainda…
Do que fui de Luz,
Mesmo que efémera,
Do que fui Átomo
Do SER,
Da luz
Eterna!


Ana Cláudia Albergaria

3 comentários:

pin gente disse...

não se apagará.

estive a ver os teus/seus trabalhos.
gosto particularmente do 9 / 41 e 49.
parabéns!
um abraço
luísa

A.S. disse...

Há quem prefira o azul dos meres ou dos céus.
Eu troco-o pelo mistério de uma vela acesa, vagueando entre as sombras!

Lindo o teu poema!

(A apresentação do meu livro é no dia 5 de Junho no C.L. do Porto. Não sei o teu mail para enviar convite. Podes ver no meu blogue)

Bjs
AL

Nilson Barcelli disse...

Cheguei aqui através de amigos comuns.
Fiquei encantado com a tua poesia.
Parabéns pela qualidade poética que vi.
Bom fim de semana.