sábado, 6 de março de 2010

Amar até morrer


















Num vale verdejante
Me encontro,
Aí, onde as flores teimam em nascer
No fim de uma primavera por viver.
De um lado a montanha do passado,
Do outro a montanha por escrever.
De um lado os olhos de água a falecer,
Do outro um coração redescoberto
Por sonhos que jamais pode perder.
Não vou descer ao rio que em mim corre,
Não vou voltar a em mim anoitecer,
A lua chama alto os que alto gritam,
O sol aquece a quem se faz render.
Não vou fazer deste vale o meu asilo,
Não vou esperar a terra envelhecer,
Vou plantar,com as duas mãos,
os meus desejos,
Escavar a terra fundo até meu ser,
E aí abandonar todos os medos,
E ver daí nascer a outra montanha,
Para nela te amar até morrer!

Ana Cláudia Albergaria

4 comentários:

A.S. disse...

Ana Cláudia,
Eis um belissimo poema!
Quer na forma, quer na roupagem poética que veste as palavras!
Lindooooo...!!!
Parabéns!

Um beijo
AL

Anónimo disse...

É sempre belo ler-te!!!
És pura...
Com palavras singelas...
És aberta...
És simplesmente tu ANA CLÁUDIA!!!
Maravilhoso!
BJ.

José Rui Fernandes disse...

Nova Primavera está quase aí...
no tempo e, quem sabe, na vida!

Um beijo

Helder Soares disse...

Lindo, a mim este poema da-me vontade de viver, com energia e amor. Bjs tia linda :)