quarta-feira, 27 de setembro de 2006
Obrigada
Pelo amor, carinho, dedicação, atenção, presença... pelas mensagens de força, que me enviam às 2 e 3 horas da manhã... e que me dizem que eu sou capaz!
Pela disponibilidade total para "aturarem" os meus desabafos... me aconselharem... pelas leituras do texto... pelas sugestões, pelas ideias...pelos silêncios, quando assim tem que ser...
Pelo tempo que dedicam ao meu filho... pelos dias que ficaram com ele para eu trabalhar...pelos passeios com ele pela baixa do porto... pelos fins de tarde com ele... pelo carinho que sempre lhe manifestam...
Quero agradecer ao meu pai... pela espera contínua... pelas minhas ausências... e pelo brilho que vejo nos seus olhos sempre que lhe digo que... está quase! Pela força que me trasnmite e o orgulho que tem em mim...
Por tudo o que para mim é fundamental... e que é saber que posso sempre contar com todos vocês!
Obrigada... não vos vou decepcionar!
(esta é uma das formas que encontrei para vos agradecer... para mim vale mais do que aquela folha que, porque todos colocam, eu também irei colocar na parte inicial da minha tese... estas palavras não foram escritas porque os outros também escrevem... foram escritas porque eu vos adoro ! E porque tenho muito a agradecer!
Claudia
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
Maria Bethânia
Deixo-vos o seu Grito de Alerta...

Maria Bethânia
Grito de alerta
(Gonzaga Jr.)
Primeiro você me azucrina, me entorta a cabeça
Me bota na boca um gosto amargo de fel
Depois vem chorando desculpas, assim meio pedindo
Querendo ganhar um bocado de mel
Não vê que então eu me rasgo, engasgo, engulo
Reflito e estendo a mão
E assim nossa vida é um rio secando
As pedras cortando e eu vou perguntando: até quando?
São tantas coisinhas miúdas, roendo, comendo
Arrasando aos poucos com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo de gritos e gestos
Num jogo de culpa que faz tanto mal
Não quero a razão pois eu sei o quanto estou errado
O quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio
E que já não dá mais pra engolir
Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta
Eu busquei a palavra mais certa
Vê se entende o meu grito de alerta
Veja bem, é o amor agitando meu coração
Há um lado carente dizendo que sim
E essa vida da gente gritando que não.
sábado, 16 de setembro de 2006
Tenho um projecto...
Um espaço aberto, meu, só meu!
No qual eu deposite todos os meus desejos
Todos os meus gritos,
Todas as minhas dores inaudíveis.
Um espaço onde o ilusório e o concreto
Se harmonizem para irem ao encontro do infinito.
Nesse espaço não haverá cor, nem som.
Nesse espaço haverá luz,
Luz…
Luz… brilhante e incolor.
Temo a ausência da luz como temo a cegueira;
Temo a cegueira como temo a ignorância
dos olhares que olham sem ver;
e dos ouvidos que ouvem sem escutar.
Temo ocupar o espaço sem o transformar,
Temo procurar o mundo
sem me encontrar.
Ana Cláudia Albergaria
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
Estás...

Estás …
Estás… quando choramos de alegria, com lágrimas que não saem dos olhos mas do peito…
Estás… quando temos os teus netos nos braços, quando lhes falamos de ti com respeito
Estás… quando nos sentimos fortes, quando nos sentimos serenas no nosso leito.
Estás quando perdoamos, quando crescemos, quando amamos.
Estás quando nos arrependemos, quando ao fazer o bem renascemos.
Estás quando sofremos a dor da carne e quando a luz do teu espírito nos ameniza a angustia que vivemos.
Estás quando levantamos a cabeça, mesmo quando o peso nos nossos ombros nos faz curvar.
Estás quando a solidão deixa de ser triste e a escuridão já não nos agonia, porque vens nos iluminar.
Estás quando a saudade de ti nos entristece.
Estás quando vens ao nosso encontro pelos caminhos da memória de quem nunca te esquece.
Estás quando vens doutras paragens por caminhos para nós desconhecidos.
Estás quando em sonhos nos revelas da vida os segredos mais escondidos.
Estás quando olho as violetas, quando o verde primaveril dos teus olhos renasce para nós.
Estás quando escutamos os fados que cantavas e quando rezando ouvimos a tua voz.
Estás para sempre… em nós!
Ana Cláudia Albergaria
14 de Dezembro de 2005
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
Seara de fogo

"Seara de Fogo"
Acrílico sobre tela
dimensões 45x55 cm
Ana Claudia Albergaria
sexta-feira, 1 de setembro de 2006
Quem fui não é mais!
Quem fui não é mais;
Que o tempo apagou de mim toda a memória.
Agora sou o tempo que me enrola
na vida que construo em cada hora.
Da vida serei cúmplice das quedas
no rio ,cujas margens se afastaram
para que ele passasse altivo,
iludido pela força das correntes,
sobre as quais tantos náufragos navegaram.
Hoje não sou mais do que Eu
e talvez queira mesmo ser só Eu,
e, talvez, muito mais do que sinto,
porque sou o tempo que faço
a percorrer um labirinto.
Amanhã serei sempre mais...
Porque espero mais!
Porque acredito!
Ana Claudia Albergaria