terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Sonho Real

















Afago quente no Outono da minha vida
Aconchegando o meu sonho mais real,
Trazias flores etéreas por abrir,
Fechadas em tuas mãos, para me dar.
O vento acalmou e assim ficaram,
Sem nunca o seu perfume me chegar.
De que jardim colheste essas flores?
Que coração, da terra as quis tirar?
Esperei eu uma semente de amor,
Que não existe.
Umas mãos abertas…
Nas quais vejo apenas
Um bouquet de flores fechado e triste.
Mas o sonho quis continuar…
Porque nele estavas lá.
E quando me chegava aos teus lábios
Bebia neles um desejo ardente
De te sentir ali, não mais ausente.
Mas mesmo antes do sonho terminar
Falaste-me, sem palavras, que não estavas.
E foste te afastando, estando ainda
Neste sonho que fui nada,
E tu o que sonhei, minha alvorada!
Não sabes quanto de ti ficou em mim.
Nem eu sei quanto te dei, ou recebi.
Sei agora que não fiquei nem parti.
Neste sonho mal sonhado, mal vivido
Fomos segundos no contínuo de uma vida…
Somente um beijo de reencontro e despedida!


ana homem de albergaria

4 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Pintura e poema excelentes.
Gostei imenso de ambos.
Ana, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.

Unknown disse...

Adorei Ana. O Blogg em geral esta muito bom.

Unknown disse...

Adorei Ana. Todo o Blogg esta muito bom.

Aquarela disse...

Obrigada. Aparece sempre!!! José Pinto. Bjs