quarta-feira, 27 de abril de 2011



















O tempo já não soma
O espaço não existe
Não importa em que cais irei sair
Na viagem dos pensamentos,
Sei apenas que vou
Por onde eles querem ir.
Já não importa se termina o dia
Ou se a noite é clareada
Pela enigmática lua
Serei eu a triste sombra
Daquela que outrora foi tua?!
Sei que sou hoje o que sou
Despida do que não quero ser
Visto-me de ilha deserta
Onde as ondas vêm morrer…
Não importa se é inverno
Ou se a Primavera chegou
Sou como um verão sem frutos
Um sol que nunca brilhou…
Durmo com a solidão
Olhando o céu, ao relento
Não importa se é dia ou noite
Importa que Eu seja Eu,
não me curvando ao vento!



ana homem de albergaria

(imagem de pintura da mesma autora)

5 comentários:

Storm disse...

:D amazing!

O Profeta disse...

Fiz magia com todas as cores que tinha
Fiz aparecer na tela um tocador
Pintei-lhe um violoncelo a preceito
Mas ele não sabia tocar uma música de amor…

O amor nunca acontece sem amor
Esta coisa do amor será fantasia?
Será uma noite vestida de nostalgia?
Será planta envergonhada que floresce ao fim do dia?

Seja o que for, tem o nome de amor
Acho bem que seja assim
Há quem diga que se enraíza para sempre
E floresce como planta de alecrim


Terno beijo

De Amor e de Terra disse...

Obrigada minha linda, muito obrigada.
Estes tempos têm sido difícieis, mas vamos esperando a chegada dos
contrários, porque "Tudo passa!"
Bjs.
Maria Mamede
PS - GOSto muito deste poema.

Nilson Barcelli disse...

Excelente poema, querida amiga poeta.
Gostei imenso.
Beijos meus.

Eduardo Santos disse...

Olá Ana (desculpe o tratamento, mas gosto de chamar as pessoas pelo nome). Confesso que a pintura (em geral) não é de minha especial predilecção, sou pouco conhecedor e portanto a minha apreciação poderia não corresponder ao valor que tem. Mas quanto à poesia, "sinto-me" em casa. Parabéns pelo trabalho e já agora também pelo livro, fico curioso de poder desfrutar um pouco mais da sua poesia. Tudo de bom, são os meus votos.