
São apenas mãos…
Que se abrem e se fecham
A toda a hora;
Se apertam e se tocam
Se adoram…
Se odeiam e se matam
Sem razão.
São apenas mãos…
Que criam e se aninham
Nos regaços,
De mães, irmãos, amigos
Nos cansaços,
De quem leva no peito
Uma ilusão.
São apenas mãos…
Que escrevem os poemas
Mais sentidos,
Se unem por amor,
Abrem caminhos;
E se afastam
Para trilhos já perdidos.
São apenas mãos…
Que se erguem em busca
Do perdão;
Quando o peito reza
E pede a Deus sua mão.
São as nossas mãos…
Que constroem
O mundo á nossa volta
Nos colocam bem no centro
Do universo,
e nos lançam
Assim na solidão.
ana claudia albergaria