segunda-feira, 26 de outubro de 2009

TROVOADA











É trovoada que se aproxima
Sinto na minha alma…
O ar está quente, abafado,
cansado.
Demasiadas vozes
Ecoam pelos raios caídos
Em arvores centenárias.
Eu encosto-me á parede
Fria da racionalidade,
Escorrego por ela,
Deixo-me cair no chão
De um qualquer jardim
Esquecido, abandonado.
Nada mais floresce aqui.
Chove nos meus olhos,
O trovão não tarda
A chegar,
Abraço-me a mim mesma
Para entrar no abrigo
Que há em mim,
E aguardo
O estremecer
Do coração
Quando
O barulho ensurdecedor
Da consciência
Me disser
Que afinal
não vivi.

ana claudia albergaria

3 comentários:

Anónimo disse...

POrque tens mêdo... ?

Anónimo disse...

POrque usas a razão quando devias escutar o coração?

Anónimo disse...

Amar nunca foi fácil...!