quarta-feira, 27 de julho de 2011
Adormecer
Deixem-me voar para longe daqui
Não me roubem o vento
Que me veleja a alma…
Há um futuro de outro tempo
Onde quero chegar… só!
Comigo mesma quero ficar…
Calada… num silêncio gelado!
Só estas palavras pretas podem gritar
Como uma criança insegura num cavalo alado…
Sou o luto de um sentir já sem viver,
Sou hoje um rio em cascata
Onde o coração mergulha
Para se perder…
Deixai-me remar sem remos,
Nadar sem braços,
Morrer na morte dos
Medos medonhos.
Deixai-me, vos rogo,
Sonhar sem sonhos!
Deixai-me esquecer
De esquecer de mim;
Façam silencio…
Quero só adormecer…
Nesta noite escura
Que hoje não tem fim!
ana homem de albergaria
imagem de pintura da mesma autora
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3 comentários:
Por vezes, Cláudia, temos que adormecer no fundo de nós mesmos, para que possamos ser claridade luminescente aos olhos da vida madrugada...
Beijo com carinho e, sempre, profundamente tocada pela sua pintura que as palavras ladeiam.
Mel
Há alturas em que temos de voar para longe de tudo...
Gostei do poema e da pintura. Excelentes.
Querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Poema triste mas belo. Só que temos de deixar de lado o adormecer e começar a VIVER!...apesar de todas as dores...
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