quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Sentar-me ao meu lado
Um dia
Vou sentar-me ao meu lado
E ouvir tudo
o que tenho para me dizer.
Não vou falar comigo,
Não me vou interromper…
A primavera não (re)nasce,
Antes do inverno se ter!
Vou ficar perto e distante,
E fingir não me saber.
Ver-me em mim ali diante,
Para melhor me entender.
Vou por uma música calma,
Sons de golfinhos e mar,
Aproximar-me mais de mim
Abraçar-me e chorar!
E o meu peito vai sofrer
O que não consigo falar.
Depois,
Vou passar as mãos nos meus cabelos
E sentir que são as mãos de minha mãe.
E ver o seu sorriso a nascer
Quando me dizia serena:
Tudo passa, isto é viver!
Por fim…
Vou olhar bem nos meus olhos
Sem nunca os desviar
E vou encarar de frente
O que tenho de mudar.
Vou ler para mim própria
Um poema de Andrade
E ver nas palavras dele
Muita da minha verdade.
E assim vou-me afastando
De mim para me encontrar.
Abrir espaço ao Amor
Receber e saber dar.
Levantar-me decidida
A pintar uma nova tela
Com cores de uma nova vida
Para depois Viver nela!
ana claudia albergaria
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10 comentários:
Sabe bem ter-te no meu espaço...
Terno beijo
...e és uma poetiza sublime...
Olá, bela poesia...Espectacular....
Muito grato pela visita e palavras no meu blog....
Cumprimentos
Sim! Pinta essa tela,
plena de cores,
emoção.
Será para sempre o teu refúgio, quando sentires
a solidão...
Um fraterno abraço!
AL
a vida está cá dentro :-)
Soberbo, querida amiga.
Cada vez mais deslumbrado com a excelência do que fazes.
Beijo.
Belo poema!
eu queria ser capaz de sentar-me assim, como tu, ao meu lado...
e ter comigo uma longa conversa...
mas apenas consigo conversar com as sombras que me perseguem e essas, nunca me contestam...
que conversa linda, esta que tiveste contigo!
adorei!
beijo!
Lindo Poemaa!
Prima este é sem dúvida o meu poema favorito! Adoro!!!
Beijinhos :)
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