terça-feira, 20 de abril de 2010

Abraço




Abraço

Por que me olha assim?
Como se ao olhar nada visse
E ao ver melhor nada sente.
É nesse olhar de passagem
Que me torno transparente.
Não percebe que já me esqueci?
Não existo mais aqui!
O que fui já doei ao passado
E o que sou já roubei ao futuro
Projecto inacabado
De um abrigo sem tecto
Num rio sem ponte
Do lado de cá de um muro.
As pedras que pisa,
Cama fria e dura
Em que me deito,
Já não falam de mim.
Não percebe que quem fui
Já não vive?
E quem vive
Não quer ser olhado assim?!
Porque só fala de mim,
como parte de um todo,
esquecido,
num buraco sem fim?
Porque não fala para mim?
Sobre o que poderei ser ainda,
Mesmo trazendo no rosto o cansaço,
Se sentir um novo olhar,
E o abrigo aconchegado
de um abraço?

ana claudia albergaria

domingo, 11 de abril de 2010

























CONVITE

Ana Cláudia Albergaria convida V. Exa. e Exma. Família para a Exposição de Pintura “De cor e alma…”, de sua autoria, cuja inauguração se realiza a 17 de Abril de 2010, às 15.30h, no Clube Literário do Porto, na Rua Nova da Alfândega, 22, Porto, mantendo-se patente ao público até dia 29 de Abril de 2010, todos os dias, das 9.30h à 1.00h.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Esperando por nós...









Recordo-te
Sem saber se o rosto que conheço
Foi o teu rosto.

Mas fica-te bem este rosto
Que os homens querem
que seja teu.
Escolhemos bem o teu olhar,
Que nos conforta sem cessar
Mesmo nos momentos
Em que nos esquecemos
Que nada pediste
A não ser para te Amar.
Mas de que falam
os Homens do meu tempo?
De um Deus feito Homem
Que nasceu e morreu
Para nos salvar?
Não, já não falam de ti…
Só as paredes das igrejas
Escutam atentamente o que dizes
E poucos se ajoelham já
Para te louvar.
Dói-nos os joelhos,
O corpo,
Dói-nos os braços,
As mãos...
Por isso já não fazemos mais
O sinal da cruz,
Antes de deitar.
Dói-nos tudo …
Já acordamos cansados Jesus…
Dói-nos tudo,
Menos a Alma.
Essa não se vê
Há muito tempo…
E porque não sabe onde está
já não se sente,
Nem viva nem morta.
Não nos pesa o remorso,
Está ausente.
Poupamos as palavras
Muito bem…
Em troca de mensagens
Adulteradas por máquinas
Que também não têm alma,
E por almas
que já veneram as máquinas…
Por isso, meu Jesus,
já não rezamos,
Nem falamos mais contigo…
No silêncio…
Nem falamos mais de nada
Com ninguém…
Não há Tempo Jesus
Para falar de
Milénios de amor,
Que arrastaste com a cruz
Que te impusemos.
As tuas chagas
Ficaram no passado…
Não nos doem, Jesus!
Esquecemo-nos de ti
A toda a hora.
Deixamos-te na cruz
Á nossa espera
Á espera do nosso
Arrependimento.
Até ao teu ultimo suspiro…
Esperaste por nós!
Deixamos-te ali…
Fomos embora…
E TU...
Continuas a esperar por nós…
e NÓS...
Não sabemos para onde fomos…


ana claudia albergaria

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Páscoa Feliz










Independentemente

das nossas Crenças

ou da nossa Fé...

desejo a tod@s

a Ressurreição do que de melhor temos

para dar aos outros...

e que por vezes deixamos falecer,

por cansaço...

falta de coragem ...

ou de determinação...


Um abraço !
Ana Claudia Albergaria